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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Supremo

Como se tornou um “clássico pós-QT”, não poderia faltar o bom e velho supremo de frango. Desta vez, tipo “drive thru”, pois a tal fadiga oncológica estava adiantada e o sono não permitiria almoçar no restaurante - certamente, eu cairia de boca no prato... de boca, nariz, bochecha...
Hummm... almocinho gostoso pra comemorar o fim da químio e... queda livre nos braços aconchegantes de Morpheu!

A curiosidade dessa última sessão foi que eu estava bem rigorosa quanto à alimentação, cuidados com alimentos, higiene em geral e evitando qualquer coisa que afetasse o orgulho dos leucócitos, já que minha imunidade voltaria a ficar baixa. Desde o susto com a internação, depois da 2ª QT, meu carinho e xodó com os glóbulos brancos tinha redobrado.
Então, como obedeço a Lei de Murphy, acabei usando, sem querer, a escova de dentes da Natália, parecida com a minha. Credo! Tanta frescura nos cuidados e eu dou uma dessa... Ainda bem que ela é “limpinha”... re re re... Nada de comprometimento com a imunidade.
Família que come supremo unida, permanece... gordinha!

ÚLTIMA QUÍMIO !!!

Convocadas pra acompanhamento à “titia” as queridas sobrinhas, quase filhas, Isa e Natália. Chegaram de São Paulo carregadas de sopa congelada de feijão da dona Mafalda, legumes cozidos e outras coisinhas, também congeladas. Afinal, precisava de alimentos com ferro e nutrientes pra que os leucócitos ficassem bem calminhos e não se suicidassem, após a químio. E nada como o feijãozinho com tempero de mamãe, né mesmo?
Na véspera, o tradicional exame de sangue pra ver como andavam as plaquetas. Expectativa SEMPRE, até o final da tarde, pra saber se estaria tudo bem pra QT.
Valeu muito a dica da minha amiga e exemplo Eliane D´Aloísio, pra que as “veinhas” (veias e não “véias”)  ficassem menos tímidas e fugitivas: mergulhar braço e mão numa bacia com chá de camomila morno. Além do mais, diminuem as manchinhas roxas de veias cansadinhas pelo uso. Funcionou!
Durante a aplicação, muitos papos interessantes com colegas também em tratamento. Troca de dicas, informações práticas e novas amizades. Desta vez, conheci a Carla, uma psicóloga bem alto astral, que já terminou o tratamento mas faz aplicação de medicamentos esporadicamente. Ela participa de um grupo de mulheres que troca  experiências sobre o câncer de mama. Vamos ver se dá certo de eu ir um dia e conhecer o trabalho.

ACABOU! A última QT tinha de ter uma foto comemorativa: SAÍDA!
Carla, Paola, Meg, Fátima e Magna



"Há duas maneiras de viver uma vida. A primeira é pensar que nada é um milagre. A segunda é pensar que tudo é um milagre. Do que estou seguro é que Deus existe." Albert Einstein

domingo, 22 de maio de 2011

Recuperação da cirurgia: maior e mais chatinho processo

O período mais complicado até aqui não está sendo a químio, mas a recuperação da cirurgia. Sim, a de 5 de fevereiro, AINDA! Primeiro, porque um dos cortes não está cicatrizando nem a pau! A pequena parte que apresentou sinais de necrópse no início já está sem essa característica há tempos, mas, nem por isso, está “fechada”. Ou seja, curativo todos os dias, duas vezes ao dia, com mil cuidados pra proteger o local, desde a cirurgia. Soro, pomada, gaze, micropore... Sem contar o tanto que as farmácias de Brasília estão faturando comigo!
Agora, imaginem ficar meses dormindo numa posição parecida todas as noites, sem poder, por exemplo, deitar de bruços. Somente depois de mais de três meses é que consegui dormir de lado, ainda assim, apoiada em travesseiros, pois não me sentia segura, com medo de forçar cicatrizes, deslocar ou “amassar” as próteses (ui!). “Né fácil, não, galera!”
Também alguns pontinhos semi-internos (existe isso?) estão somente agora dando as caras e a região fica dolorida. Uns estão sendo tirados por estarem mais “salientes”, digamos assim. Outros, só estão querendo aparecer , mas ainda “por dentro”. Sei lá se me fiz entender...
ET: Contei que foram mais de cem pontos, né? Haja linha!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Santa solidariedade, Batman! Olha os filhotes aí, de novo!

E a criatividade dos filhotes da Acme não para, assim como a solidariedade e o apoio dessa galera! Desta vez, todos passaram o dia de lenço ou bandana, acompanhando meu novo visú.
Charmosos, heim?!



“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos ponto de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos." Bezerra de Menezes

domingo, 15 de maio de 2011

Curiosidade: "Maminhas de Santa Ágata"

Só mais uma curiosidade sobre Santa Ágata, pra não perder o gancho. Também no São Google descobri que existe um doce super tradicional na cidade italiana de Catânia, a cidade da Santa. Trata-se das “maminhas de Santa Ágata”, feitas à base de maçapão. Imagina isso! O doce até parece ser bom, mas que é estranho... ah! isso é, né?!


Momento "programa matutino feminino"... Veja a receitinha das “Maminhas de Sta. Ágata”. Pode fazer e me mandar, por favor. Vou adorar!

Ingredientes:
·     2 ovos
·     1 e 1/4 de xícara de chá de açúcar
·     3 xícaras de chá de miolo de amêndoas moídas sem casca
·     4 gotas de essência de baunilha
·     1 colher de chá de sumo de limão
·     Cerejas cristalizadas para decorar

Bata os ovos e o açúcar de modo a obter um creme espumoso. Coloque num recipiente e leve para banho-maria. Retire depois de aquecido e junte a amêndoa, a baunilha e o limão. Bata com a colher de pau até obter uma massa mole. Polvilhe ligeiramente uma superfície lisa com açúcar e trabalhe aí a massa até ela ficar macia e suave. Embrulhe em película aderente e conserve na geladeira até utilizar. Quando retirar, deixe à temperatura ambiente e amasse ligeiramente sem a trabalhar demais. Faça o formato das “maminhas” e decore com as cerejas.

São Peregrino, o protetor de quem tem câncer

E já que estamos no campo religioso e nas coincidências, minha mãe descobriu o Santo protetor das pessoas com câncer: São Peregrino. Ela soube de sua existência através de uma amiga, que viajava no mesmo grupo, numa visita à Basílica de Nossa Sra. Aparecida, na cidade de Aparecida, Interior de São Paulo. Essa visita aconteceu no dia 1º de maio, domingo. Por incrível que pareça, coincidentemente, era Dia de São Peregrino.

Algumas das imagens disponíveis na internet


Um pouco da História de São Peregrino - Ele nasceu na cidade de Forli, na Itália, em 1282. Domava de maneira extraordinária o corpo com vigílias e jejuns. Por trinta anos nunca foi visto sentar-se, comia sempre de pé e rezava ajoelhado. Um inchaço numa perna provocou uma chaga infecciosa e eram graves suas dores e debilidade física. Passou a viver isolado e suportava a enfermidade e o sofrimento com ânimo forte: “Quando sou fraco, então é que sou forte”. Na véspera de amputar a perna, para evitar que a doença se espalhasse e após uma noite de orações, adormeceu e, no sono, viu Jesus descer da cruz e curar a perna. Ao acordar, a perna estava curada. Peregrino morreu em 1362, aos oitenta anos. Em 1726 a Santa Sé aprovou três milagres atribuídos a São Peregrino. No mesmo ano, o papa Bento XIII elevou Peregrino a Santo. 

Santa Ágata, mais uma descoberta no Google

Não sabia, mas existe uma santa protetora das mulheres com câncer de mama: Santa Ágata, que também é a padroeira dos mastologistas. E o nome Ágata era um dos pseudônimos da minha avó Luizinha Lima, que era poetiza.
Mas uma coincidência me deixou arrepiada: o dia dedicado à Santa Ágata, também Dia da Mamografia, é 5 de fevereiro, exatamente o dia em que realizei minha cirurgia de quadrantectomia.

Um pouco da (chocante) História de Santa Ágata - Ela era uma bela jovem senhora nascida na Catânia, Itália. O cônsul Quitilhiano tentou persuadi-la para que fosse sua esposa. Ao recusar-se, para defender sua pureza e castidade, foi amarrada a uma árvore e teve suas mamas amputadas a ferro quente. Conta-se que na manhã seguinte recebeu a visita de São Pedro e de um anjo que lhe reconstituíram as mamas. Quando o cônsul soube, mandou queimá-la. Um ano após sua morte, o vulcão Etna entrou em erupção e diz-se que o véu funerário de Ágata salvou a cidade de Catânia. Foi elevada a Santa e hoje é a padroeira da mastologia e das pacientes de câncer mamário. Seu dia, 5 de fevereiro, é tido, desde 2009, como o dia nacional da mamografia.


     
 Algumas das imagens disponíveis na internet

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Fadiga oncológica


 Não sou eu que tô falando. Tá escrito por aí.

"A fadiga é uma queixa comum entre pacientes, chegando a afetar até 70% deles durante quimio e radioterapia. Existem relatos de que a deterioração da condição física pode persistir durante anos após o término do tratamento em até 30% dos pacientes."

Cruzes! Será mesmo? Eu, Heim?!


Biscoito da sorte
Então tá, então!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sou uma mulher à frente do meu tempo

Meses antes disso tudo começar,  eu já apresentava sintomas... DO TRATAMENTO (acredite se quiser), que eu nem sabia que existiria! Meus cabelos já estavam caindo, mesmo antes de imaginar que poderia ter a “patologia” e muito menos antes de imaginar que passaria pela químio.
Em setembro de 2010, procurei uma dermatologista pra saber que tipo de produto usar nos cabelos, pra evitar a queda livre. O produto já estava fazendo efeito quando soube do “C.A.” e da “Q.T.”. Ele não seria nem um pouco útil e eu estaria jogando dinheiro fora. Parei com tudo! Espero poder, em breve, fazer bom uso do dito cujo. E pra quem quiser a dica (não estou ganhando nada pra isso, que fique claro): shampoo Ciclo 3 (de uso diário) e loção idem (esta, deve ser passada no couro cabeludo, à noite, com os cabelos secos).

* Eu disse que não estava ganhando nada pra divulgar, mas se a empresa quiser mandar um montão de amostras... repito este post a cada dois dias.

Outro sintoma...
...um baita enjoo. Mas bota “baita” nisso! Tudo porque, depois de saber do C.A. e muito antes de começar a QT, minha cunhada Mariangela, super bem intencionada, indicou que eu tomasse suco de aloe vera, também conhecido como babosa. Além dela, muitas pessoas me indicaram o negócio. Comprei um potão (R$ 70 e tantos), em São Paulo, e trouxe aquele peso todo na mala, pra Brasília. Cheguei e fui experimentar o treco. BLEC! BLECT! BLECT!  MIL VEZES BLECT! Vomitei no primeiro gole e algumas vezes, sempre que me lembrava do tal aloe vera e do gosto melequento dele. Além do mais, li matérias informando que pacientes em tratamento de câncer não deveriam utilizar a babosa. Dei fim no pote rapidinho! Se faz bem eu não sei, mas doei pra minha amiga Beth. Ela nunca reclamou.

Unhas fracas? Descamadas? Manchadas? Tive tudo isso pelo menos um mês antes da químio.

Que coisa, né?


“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.” - Aristóteles

domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães

Com mamãe e Beth no almoço do Dia das Mães, em Brasília, mais exatamente no Pontão do Lago Sul. Raptei as duas pra mim e deixei minhas sobrinhas de mão abanando em São Paulo. No final do dia, uma surpresa muito cut cut: recebemos do Angelo, meu amado sobrinho, um vídeo MARAVILHOSO com homenagem às mães, produzido por ele mesmo! 

"Viver é sempre dizer aos outros o quanto eles são importantes. Porque um dia eles se vão e ficamos com a nítida impressão de que não amamos o suficiente". Chico Xavier

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Acreditar

Andréia, Tatiane e Ana Cláudia

É muito tranquilo chegar à Clínica Acreditar. Não me refiro ao caminho, porque, óbvio, me perco todas as vezes (pra quem não sabe, nasci sem GPS no cérebro ou qualquer dispositivo de localização/direção - a vida inteira me perdi, pela falta de um mínimo senso de direção). Refiro-me ao local, institucionalmente falando. A recepção do pessoal é tão carinhosa, que a gente se sente hiper bem, mesmo em dia de QT. Aliás, até pelo telefone o pessoal é extremamente atencioso e de uma boa vontade incrível.

Nos bastidores, também já tive provas da competência da equipe, uma vez que a assessora de comunicação da Acreditar, a Paula Vargas, foi parceira quando fizemos o evento na Mútua, escrito antes em outro tópico, fornecendo folder com material explicativo sobre câncer de mama e brindes pra sortearmos no evento. Também já falei sobre a incrível atenção dos médicos da Clínica.

Resumo da ópera: atendimento dez, em todos os sentidos.  O nome da Clínica tem tudo a ver: o astral e o positivismo, até dos pacientes, é notório. Aliás, boas amizades feitas na sala de aplicação. Pessoas guerreiras, vencedoras e com histórias incríveis de superação.


“Não sei se a vida é curta ou longa demais pra nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.” - Cora Coralina

A 3ª QT

Na véspera, pela manhã, exames de sangue pra ver como andavam os adorados e enjoadinhos leucócitos, as hemoglobinas, os linfócitos, as hemácias e as importantes e decisivas plaquetas, que são a principal indicação de se fazer ou não a químio. Mais picadinhas - no plural, por razões já conhecidas. Até o final da tarde, expectativa pra ver os resultados, depois do sustão que os glóbulos brancos tinham me dado após a sessão anterior.
Minha mãe chegou na hora do almoço, fui pegá-la no aeroporto, almoçamos em casa e eu fui trabalhar.
Na manhã seguinte, já estávamos na Acreditar pra penúltima sessão da quimioterapia. Pesa daqui, mede a pressão de lá e longa consulta relaxante com o dr. Anderson - sempre uma boa e produtiva prosa. Depois, os mesmos procedimentos das outras vezes: punciona aqui, acolá... mais picadinhas, mais amiguinhas na sala de aplicação, sonolência incontrolável, cochilo básico e o carinho de sempre do pessoal da enfermagem.
Saímos de lá e fomos pro aeroporto pegar a Big Sister Beth, que não pôde vir na véspera. Adivinha onde e o que fomos almoçar! Quem acertar ganha um... supremo de frango! Xi, falei! Suspensa a premiação.

Companhia e colinho da mamãe (ela tá linda nessa foto, né?)


Santusa (com as gêmeas crescendo na barriguinha), Régis (“o caçador das veias perdidas”) e Maria 

Espelho





“Se você levantou os braços, dobrou os joelhos, virou o pescoço para a esquerda e para a direita e escutou um barulhinho tipo ‘crec, crec’, a cada um desses movimentos, não se assuste. Você não está velha, está crocante.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sex and the City 2: diagnóstico e revelação às amigas

Veja outros dois momentos de Samantha: quando o médico encontra o nódulo e quando ela conta o fato às suas amigas (quem passou por isso sabe o quanto é difícil).



"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade". - Confúcio

Sex and the City 1: Samantha, a quimioterapia e a peruca

A série de TV Sex and the City, aplaudida por sua discussão franca sobre a sexualidade feminina, tem como protagonistas quatro mulheres que vivem em Nova York. A sexta e última temporada abordou de forma realista a luta da irreverente personagem Samantha Jones (Kim Cattral) contra o câncer de mama.
O link colado abaixo traz um momento genuíno e tocante, quando Samantha, em tratamento de quimioterapia, participa de um evento sobre o tema. Vale assistir.


Curiosidade
Uma das quatro atrizes da série, Cynthia Nixon, que vivia a personagem Miranda Hobber, passou pela experiência na vida real. Durante 18 meses enfrentou em segredo uma batalha contra o câncer de mama, tendo retirado parte do seio afetado pelo tumor. Revelou o fato depois de vencida a luta.


“Não provoque. É cor-de-rosa choque! - Rita Lee

Pausa pra foto

Uma pequena pausa nos assuntos da Acme durante a reunião da Diretoria Executiva da Mútua.
Motivo: foto comigo!

Paulo Guimarães, Cláudio Calheiros, José Wellington, Meg, Ricardo Veiga, Geraldo Sena e Daniel Badauê Passos

Continuação da reunião no dia seguinte: com Luciano Kede
e Marquinho Sousa

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lenços, chapéus, perucas e congêneres

Muitos dos lenços que você me viu usando no vídeo clip que abre o blog são da Estação Outono, loja virtual indicada pela Amanda. São inúmeras opções de modelos que tenho variado com os bons e velhos lenços que eu já tinha. Abaixo, apenas um dos exemplos.

  
 

delicada cartinha abaixo é da Cláudia e veio com os lenços da Estação Outono.  No site, além de modelos de lenços e turbantes super descolados e práticos, ela conta como nasceu a ideia de criar a empresa e sua história com o câncer de mama e a quimioterapia. A mensagem da Cláudia no site termina com a seguinte frase: “Como as estações mudam, hoje vivo na primavera!”

COM VOCÊS... DILMA, A PERUCA!

Sim, também dei nome a ela. E, pra criar o clima, fiz um suporte bem original e personalizado. Ficou o máximo, né?



1 - Pra ser honesta, acho que usei a peruca só umas três ou quatro vezes.  É o tal negócio: você finge que acredita que as pessoas acreditam que você não está de peruca... Acredite: os lenços são bem mais práticos.


2 - Comentário da Natália:
- Meg, com esses lenços você tá parecendo aquela personagem da novela O Clone.
- Quem, a Jade?
- Nãããão... a tia Nazira!


“Nós, mulheres, somos anjos. E quando alguém, por maldade, quebra nossas asas, continuamos a voar... de vassouras, porque somos flex.”   Roubado da minha amiga Deisi Baptistella Marques, no Facebook