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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Imprensa: feijão-de-corda para combater o câncer de mama

Mólecula encontrada no grão mata as células cancerígenas sem agredir as sadias

Pesquisadores da UnB (Universidade de Brasília) descobriram no popular feijão-de-corda uma nova alternativa para o tratamento de câncer de mama. De acordo com um estudo realizado no Instituto de Ciências Biológicas da universidade, uma molécula chamada BTCI, que é encontrada no grão, mata as células cancerígenas sem agredir as células sadias. As informações são da UnB Agência.

De acordo com a professora Sônia de Freitas, que coordenou o estudo, a BTCI é de uma classe de substâncias importantes em diversos eventos celulares, como resposta na infecção por bactérias e fungos e na coagulação.
Sônia explica que essa molécula do feijão-de-corda fragmenta o DNA das células doentes. Isso altera a integridade da membrana e do núcleo e cria estruturas que digerem o conteúdo das células.
Ainda de acordo com os estudos, a BTCI inibe a atividade de três enzimas - tripsina, caspase e a quimotripsina-like do proteassoma, um complexo de proteína que está relacionado à regulação do ciclo celular.
- O proteassoma é peça fundamental na divisão de células cancerígenas.
De acordo com os pesquisadores, a descoberta pode garantir um tratamento com menos efeitos colaterais do que os adotados atualmente, como a radioterapia e a quimioterapia – esses dois tratamentos podem causar a morte de células sadias. O câncer de mama atinge 49 mulheres em cada 100 mil no Brasil, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer).
A descoberta foi feita na dissertação da aluna Graziella Joanitti, que realizou testes em laboratório. Além de Sônia, a pesquisa também foi conduzida pelo professor Ricardo de Azevedo, do Departamento de Morfologia. Sônia estima que serão necessários mais quatro anos para realizar estudos em humanos.

terça-feira, 26 de abril de 2011

É só uma radiaçãozinha!

Meu nome é Meg, mas pode me chamar de Angra 1, Angra 2, Chernobyl (agora ChernÓbyl - depois de 25 anos)...
Caraca, quanta radiação! Em doses homeopáticas, é verdade. Mas através de outras tantas “picadinhas” acho que fiquei meio “Fukushima” durante um tempo. Pensei até em tatuar a imagem abaixo...

Desisti, é claro, com medo de virar ícone de passeata anti-nuclear.
Mas não pude abrir mão dos exames radioativos,  todos feitos nas várias unidades do IMEB. Aliás, devo registrar o atendimento 100% em todos os níveis e fases, desde a marcação até os resultados, passando pelos exames propriamente ditos.
Tudo isso me levou a ser assídua frequentadora de salas e banheiros exclusivos, cheinhos de radiação, como eu.
Antes ser uma paciente injetada do que rejeitada...

Ninguém precisa mais manter distância, ok? Não corro o risco de explodir.
* Que Dona Redonda, o quê?! Não estou falando dos quilos que ganhei nos últimos meses; estou falando de meus sentimentos internos de "síndrome da bombinha nuclear"...



“Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez”.

É só uma picadinha!


Essa história de “é só uma picadinha”, cada vez que você se depara com um novo exame é a mais pura... mentira! Perdi a conta de quantas “picadinhas” levei, desde o início disso tudo. Pra piorar, minhas veias são infanto-juvenis - aliás, mais pra infanto do que pra juvenis. E elas fazem questão de simplesmente desaparecer, quando percebem que uma agulha está se aproximando.
Pode piorar? Sim, pode! E piorou, levando-se em conta que após a cirurgia do dia 5 de fevereiro, com a retirada do linfonodo sentinela, só posso furar a mão ou braço direito. Até meu pezinho já teve de entrar na parada.
Num levantamento beeeem superficial, incluindo exames, internações, remedinhos, QTs e quetais, entre subcutâneas, intravenosas, intramusculares e outros “intras”, devo ter levado mais de 100 “picadinhas”, em cerca de seis meses!


“Vocês se lembrarão de um pouco do que ouviram, de muito do que leram, de mais do que viram e de quase tudo que experimentaram e compreenderam completamente.” - Keith L. Moore

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Flavio, o amigo que se foi

Foram sete anos de convívio quase diário com o Flávio Rodrigues, quando trabalhamos juntos na Prefeitura de São Paulo, mais exatamente no CGE, o Centro de Gerenciamento de Emergências (2000/2007). E foi uma convivência excelente, nossa e de toda a equipe: produtiva, eficiente, alegre, agitada, criativa e amiga. Uma família, com direito aos probleminhas do dia a dia de toda família (principalmente quando quatro, dos seis membros, são leoninos - o que me inclui). Não passava um dia e tudo sempre ficava bem.

Flávio e eu num Carnaval no Anhembi, em São Paulo, onde fazíamos plantão meteorológico todos os anos 

“Parabéns à equipe!” - sempre um time. É essa a imagem que fica na minha lembrança, independentemente do lugar ou plano em que cada um de nós estiver. A partir da esquerda: Adilson Nazário, Hassan Barakat, Fernando Reis, Flávio Rodrigues, Jussara Marton (homenageada no meu perfil, como uma das estrelas hoje no céu) e eu

No dia 25 de abril, o Flávio nos deixou, depois de cinco meses lutando contra um câncer de pulmão. Como eu, ele descobriu o tumor em novembro do ano passado e brigou muito contra a doença. Conversamos por telefone em janeiro e prometemos que nos cuidaríamos. Mandei pra ele o mesmo livro que a Carol havia me dado, “Anticâncer”, e acompanhei seu estado através dos amigos do CGE e da Lígia, sua mulher, pra quem eu mando um beijo enorme, desejando que ela se mantenha forte, como sempre foi.

Tentei não deixar a tristeza me dominar, pra cumprir a promessa de que me cuidaria. Então, o lema é “saudade sim, tristeza não”. Beijo grande, meu amigo!

“Saudade é a vontade do coração enxergar o que os olhos não veem".

domingo, 24 de abril de 2011

Fair play: a químio e eu

O jogo é assim: eu respeito a químio e ela me cura. Ela pode me deixar prostrada, de ressaca, cansada, irritada, careca, inchada com “efeito baiacu”, com a pele seca, as unhas fracas, com baixa imunidade, me afastar das pessoas, dos prazeres, dos passeios, me levar ao hospital... MAS ELA ME CURA. E formamos uma dupla eficiente. Nunca reclamei dela. Pelo contrário, sempre tive certeza de que ela era indispensável pra que eu me sentisse mais protegida e segura. Custasse o que custasse. E esse é o tipo de jogo que não tem perdedor.
Falando nisso, achei o texto abaixo num dos blogs visitados. Me encantei. Tomei a liberdade de inseri-lo.

ESTRANHA AMIZADE ...

Tinha tanto medo de te conhecer. Sempre que falavam de ti era pra dizer coisas horríveis, falavam que eras tudo de ruim.
Tinha pavor de saber que um dia poderia te conhecer.
Mas como a vida trás surpresas, fomos obrigadas a sermos apresentadas.
Nossa! Como foi difícil aceitar a idéia que iria conviver contigo. Perdi o sono. Fiquei nervosa. Chorei demais. Só de pensar que essa convivência seria inevitável.
Lembro-me que no primeiro dia que fomos apresentadas tremi nas bases, pensei mil coisas, rezava, pedia a Deus pra não seres tão má comigo.
Passados sete meses convivendo contigo, vi que não eras aquilo que me fizeram acreditar; hoje passastes a fazer parte da minha história de vida.
Sei que me maltrataste, me transformaste, me deixaste sem cabelos, sem cílios, sem sobrancelhas, gorda, sem imunidades, enfim tudo de ruim.
Ah! Como me deixaste feia! Quantas furadas levei!!
Não queria te ver, mas só o fato de não poder te encontrar na data marcada já ficava em pânico, que coisa maluca! Queria você de todo jeito. Como era estranho esse sentimento dentro de mim.
Hoje, minha amiga, é dia de dizer adeus. Despeço-me de ti. Não vou dizer que vou sentir saudade tua, seria hipócrita demais. Espero não precisar nunca mais de ti, mas te agradeço por tudo.
Entendi que enquanto me maltratavas estavas dando minha cura, mais uma chance de viver.
Não vamos nos despedir com lágrimas, mas com sorrisos de alegria de vitória e de missão cumprida, colocando na balança, sei que o saldo foi positivo.
Quero que continues fazendo amizades com quem precisa da tua ajuda, embora eu não deseje nem ao meu pior inimigo que venha a experimentar-te. Que a tua atuação possa ajudar a curar milhares de outras pessoas e que todos entendam e gostem de ti assim como eu aprendi a gostar. Tenho certeza que terão o mesmo sentimento que tenho por ti hoje: gratidão!
Saibas que já esqueci tudo de ruim que fizestes comigo, e só me resta dizer que foste para mim uma amiga inesquecível!
Adeus minha amiga QUIMIOTERAPIA, e muitíssimo obrigada por tudo.

Cristiane Silva -
Esta carta fiz em agradecimento a tão temida quimioterapia. E para que as pessoas que ainda vão passar por ela não a temam tanto, ela não é tão má quanto falam. Imaginem se ela não existisse o que seria de nós?!” 
(http://cristianefsilva.blogspot.com/)


“O que não provoca a minha morte faz com que eu fique mais forte” - Friedrich Nietzsche

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Por que me tratar em Brasília?

Aposto como muita gente está pensando: “Mas por que fazer cirurgia e tratamento em Brasília e não em São Paulo, sua terra natal e que tem uma área médica de referência na América Latina?”. Talvez, se não conhecesse médicos, hospitais, clínicas e laboratórios do Planalto Central, eu mesma estivesse me fazendo a mesma pergunta. Pra tranquilidade geral da Nação, informo que estou sendo muitíssimo bem tratada e não me arrependo nadica de ter optado por Brasília, onde tenho tido atendimento super personalizado.
Isso sem contar que pude continuar trabalhando (quem me conhece sabe que sou workaholic), o que me ajudou muito no sentido de não ficar matutando e sofrendo em casa, com a cabeça cheia de bobagem.
Quanto à família, o fato de estar em Brasília trouxe um pouco mais de apreensão pela distância, mas não deixei de viajar pra Sampa e estar um pouquinho com cada um. Mãe, irmã e sobrinhas também estiveram muitas vezes comigo em BSB.
Ligação com Brasília
Vejam só as raízes. Minha querida vovó Luizinha fez questão de conhecer a Capital Federal tão logo ela foi inaugurada. Ela, minha madrinha Tilete (Luizete) e meu padrinho Arnaldo viajaram (de ônibus) pra conhecer a nova Capital em setembro de 1960, cinco meses após JK inaugurá-la.
Luizinha e Arnaldo, com o Congresso Nacional (Senado) ao fundo

Tilete e Arnaldo, com o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados) ao fundo
Todo o grupo da viagem reunido, tendo ao fundo o Palácio da Alvorada


Congresso Nacional - Anos 60


Este é o poema que minha avó fez pra Brasília, depois de conhecer a Capital. Ela ficou encantada...

Brasília

Avante, oh! povo brasileiro!

Que a estrada se abre neste instante.
Acrópole, escudo no futuro,
Serás tu, Brasília, triunfante!

Caminha, oh! gente brasileira!
Sempre confiante no porvir.
Ainda tens na têmpera, altaneiro,
O sangue de uma raça varonil.

Lá seguem caravanas ao sertão
Sentir e ver de perto a maravilha
E fruto de uma raça arrojada,
Que hoje se transforma em Brasília.

Luiza Lima Biasotto
Setembro de 1960

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Em Sampa, comidinha caprichada

Beth e eu chegamos em Sampa com uma recepção VIP e gastronômica da dona Mafalda, a mãezona. Uma mesa hiper saudável, com reforço alimentar de sopinha de feijão, tomate sem casca, beterraba, brócolis, carne e outras coisinhas pros leucócitos voltarem definitivamente à ativa.
Sim, também havia guloseimas, que ninguém é de ferro (como o feijão, a beterraba, o brócolis e as carnes... re re re...).

 


domingo, 17 de abril de 2011

Consultório médico: anemia, leucopenia e trombocitopenia

Os remédios usados na quimioterapia para combater as células doentes também destroem algumas das células sadias do organismo.  As células mais afetadas são as do sangue, como os glóbulos brancos (leucócitos), que defendem nosso organismo de infecções, os glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio para todas as partes do nosso corpo, e as  Plaquetas, que atuam na coagulação do sangue.


Quando as taxas sanguíneas diminuem, podem aparecer sintomas como cansaço aos pequenos esforços, falta de ar, palidez, febre, pintas avermelhadas na pele, manchas roxas e vermelhas e sangramentos.

Se ocorrer, recomenda-se:
- Manter boa higiene corporal e bucal;
- Inspecionar regularmente a pele, boca, ouvido e nariz à procura de alguma lesão e/ou manchas;
- Proteger a pele de ferimentos ao se depilar, barbear, cortar as unhas e não espremer cravos e espinhas;
- Procurar ter um bom sono e repouso;
- Manter uma dieta saudável, rica em legumes, verduras, frutas, cereais e ferro e pobre em gorduras;
- Medir a temperatura sempre que perceber qualquer alteração.

Procurar o hospital em caso de:
- Febre igual ou superior a 37,8ºC;
- Sangramentos;
- Pintas ou manchas avermelhadas na pele;
- Palidez e muito cansaço aos esforços mínimos.

sábado, 16 de abril de 2011

Eu, leucopênica. E viva o Granulokine!

Parece nome de filme, né não? “Eu, Leucopênica: a queda do império dos glóbulos brancos” - em breve, num cinema perto de você!

Devidamente internada, lá vêm as picadinhas: outros exames, soro, antibiótico... e as veias (da mão e braço direito) insistindo em não cooperar. A equipe de enfermagem teve até de pedir socorro pra Tereza, da UTI pediátrica, mais acostumada às veias “estreitinhas”, que finalmente conseguiu puncionar uma delas.
Ganhei até desenhinho da Teresa, no esparadrapo!


O antibiótico ajudou, mas quem colocou ordem na casa (no caso, meu corpinho), foi o milagroso Granulokine, medicamento à base de uma tal “filgrastima”, cujo precinho  módico é de mais ou menos R$ 400, a seringa! O convênio aprovou e os leucócitos terminaram a greve (bom, com esse valor, não haveria greve nem de professor).
Graças a isso, consegui ter alta a tempo de pegar o voo (u-hú!). Vale destacar a atenção do dr. Gustavo Ribas (que me deu alta) e do dr. Luciano dos Santos (ambos oncologistas do Grupo Acreditar). A pedido do dr. Anderson, “meu oncologista oficial”, e do dr. Arturo, que acompanhou a internação (ambos da Acreditar), Gustavo e Luciano foram presença constante no hospital durante minha internação e orientaram todos os procedimentos. Registro, ainda, as duas visitas do dr. Nataniel Soares, “meu” cirurgião plástico, que quis acompanhar de perto a evolução do quadro, principalmente no que dizia respeito à abertura do corte no peito esquerdo.
Passaram no hospital a Ana Carolina e a Lourdes, da Mútua.

MSN em ação: bate papo pra tranquilizar a Natália, diretamente do hospital


Airma que, além de me cuidar como enfermeira, teve até que acalmar a Mafaldinha pelo telefone, explicando que a internação não era o fim do mundo. Ela também teve CA de mama e trocamos muitas experiências...



Biscoito da sorte
Mas contra os glóbulos brancos, a gente vence todas!

“Aham, Cláudia! Senta lá!”

Perguntei à médica do PS a que horas eu sairia e ela disse:
- Horas? Não! Pelo protocolo desse tipo de caso você deve ficar internada uma semana!
- O quê? Mas nós estamos com passagem pra São Paulo daqui a quatro dias! Desculpe, mas eu não posso ficar tanto tempo.
Até parece que minha observação mudou a decisão ou a importância que a médica deu à viagem a Sampa.  Me senti a própria "Cláudia" - uma das pérolas da Xuxa: “Aham, Cláudia! Senta lá!”. .

* A loira não tá nem aí. Não dá a mínima pra coitada da Cláudia... re re re

Febrão de 39º e internação

Na sexta à noite, 15 de abril, voltei a ficar meio derrubadinha e a febre começou a subir: 37,7 graus, o limite pra ligar pro médico. Depois de um “banhão”, fiquei melhorzinha e com a esperança de que a febre iria baixar nas horas seguintes. E baixou: amanheci com “os termômetros registrando” 37 graus (não é plágio de previsão do tempo, mas é que utilizei dois termômetros mesmo, pra garantir).
Porém... lá pela uma da tarde, medi a temperatura e levei um susto: 39 graus! Liguei na mesma hora pro dr. Arturo, que me orientou a correr pro pronto socorro e me ligar de lá quando fosse atendida, já ao lado do médico, pra saber sobre o quadro e orientar a condução das ações.
A Beth, que ainda estava em Brasília, me levou ao pronto socorro, que é bem perto de casa. Fui atendida imediatamente por uma médica super atenciosa e competente. Mais uma picadinha pra exames de sangue. Quando ficaram prontos, o resultado que já era esperado: leucopenia, ou seja, enorme queda de leucócitos (que também atendem pela alcunha de “glóbulos brancos”). Podia ser alguma infecção escondidinha ou reação da própria químio. Mas tudo indicava que se tratava de infecção proveniente da demorada cicatrização de parte do corte na mama esquerda – cirurgia de 5 de fevereiro.


“Lembre-se da sabedoria da água: ela nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna."

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ei, ei! Vocês se lembram da minha voz?

... continua a mesma. Mas os meus cabelos, quaaaannnta diferença...
Este vídeo (anos 70 - Colorama) é um clássico.
Presentinho pros saudosistas de plantão.
Por que eu inseri no blog? Não faço a menor ideia...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

QT nº 2

Roteiro da véspera: Laboratório Sabin, picadinha(s) e espera pelo resultado dos exames de sangue. Final de tarde: quantidade de plaquetas ok, outros indicadores ok. Mas leucócitos em quantidade muito maior do que deveria. Uéééé... Liguei pro dr. Anderson e pro dr. Arturo, que acompanharia a químio no dia seguinte. Ambos me tranquilizaram, explicando que era efeito do Decadron - remédio receitado pra evitar o enjoo da QT. Deveria ser tomado na véspera da químio (2), noite da químio (1) e no dia seguinte (2). A tontinha aqui tomou o remédio ANTES do exame de sangue. Zeeeeeebra!
Vamos à aplicação!
A segunda sessão de químio foi tranquila quanto à aplicação, assim como a primeira. Óbvio, a mesma batalha pra achar uma veinha boa na mão/braço direito, picadinhas pra lá e pra cá. Sonolência depois do Alegra, cochilo de 15 minutinhos, mais aplicação, agora dos químios, propriamente ditos, e... pronto! Menos uma QT!
Saímos de lá direto pro restaurante. A ideia era, de novo, encarar um supremo de frango. Depois disso, SONO, MUUUUIIIITO SONO.
Incrível como esse tratamento cansa. Eu nem imaginava o quanto. Dá uma moleeeeza...

Beth, a força "importada" pra 2ª QT

 
Dr. Arturo, que acompanhou a segunda QT (o dr. Anderson, “meu personal oncologist”, estava numa palestra, em BH)


 
Régis (“o Caçador de veias perdidas”), Fátima, Santusa (que espera a chegada das gêmeas) e Val
* O Hugo disse que pareço uma "mãe de santo" nesta foto. E não é que pareço mesmo?! re re re...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cabelo? Que cabelo? Ammm... é sobre ALOPÉCIA!

Foram exatos 15 dias após a primeira químio pro cabelo começar a cair. Bem, começar e terminar, porque não paguei pra ver. Paguei, sim, o cabeleireiro pra passar a máquina zero! Era primeiro de abril, mas os fatos relatados são absolutamente verdadeiros...
Todo mundo que tinha passado por isso ou que tinha acompanhado quem passou por isso dizia que era muito traumático ver o cabelo caindo ao longo de até cinco dias depois do começo da queda. Li e ouvi: “era cabelo espalhado por toda a casa, chão, travesseiro, box, mesa...”. Não queria e nem precisava passar por mais essa.
Quando completei 12 dias da sessão de QT, decidi cortar o cabelo bem curto, pra ir me preparando psicologicamente pra nova imagem. Aliás, adorei o corte! E avisei o cabeleireiro que voltaria em poucos dias pra “completar o serviço”.
Reloginho: na manhã do 15º dia, enquanto lavava o cabelo no banho, já percebi que seria “o dia D” (“Dia da Derrubada”). Estava bem preparada pra esse momento e ajudou o fato da minha amiga Beth Rodrigues estar hospedada em casa e dividir o fato comigo. Óbvio que ensaiei umas lágrimas, mas pensei: “É a minha cura e nada vai ficar no caminho; nem os cabelos”! Mas é impressionante como o cabelo sai aos montes! Cada vez que passava a mão, saia um “chumação”. Imediatamente, liguei pro Cabeleireiro e marquei hora pro final do dia. Só torcia pra que não caísse tudo à tarde, pois tinha uma reunião externa. Fiquei tentando nem balançar a cabeça, com medo dos cabelos caírem no meu caminho, na mesa de reunião, na mesa do coffee break – já pensou o mico?! Eu parecia um robô! Re re re...
Voltei da reunião - o cabelo resistiu - e quando cheguei à Mútua, os “filhotes” quiseram ver se estava mesmo caindo tanto assim ou se eu estava exagerando. Não. Não era exagero e eles viram que tinha chegado a hora de “carecar”.
Helena e Carol foram comigo e a Luciana (ex-estagiária de JO e ex-filhota) nos encontraria lá. Levei a “Dilma” (a peruca que tinha comprado) pra colocar tão logo acabasse a “eliminação capilar”. As meninas gravaram e fotografaram todas as etapas, a meu pedido. Já estava imaginando utilizar as imagens no clipe de abertura do blog (tá lá, do jeitinho que idealizei: começando com a música pra lá de baixo astral da novela “Laços de família”, quando a personagem Camila, com leucemia, raspa a cabeça, e passando pra imagens alto astral, com a música do Bob Marley).
 
Foi tudo bem, sem choradeira, sofrimento ou trauma. Na verdade, nos divertimos com os ensaios de cortes, como moicano (do Neymar ou do Fafá, que trabalha com a gente) e “cascão a la Ronaldo Copa 2002”. Até pedi, apontando um outro cliente que havia acabado de raspar a cabeça: "Quero um corte bacana, igual ao dele!"


    
     Com Denilton, o "hair designer"
  Com a "filhota" Luciana



"Quando Deus tira algo de você, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor."