Aposto como muita gente está pensando: “Mas por que fazer cirurgia e tratamento em Brasília e não em São Paulo , sua terra natal e que tem uma área médica de referência na América Latina?”. Talvez, se não conhecesse médicos, hospitais, clínicas e laboratórios do Planalto Central, eu mesma estivesse me fazendo a mesma pergunta. Pra tranquilidade geral da Nação, informo que estou sendo muitíssimo bem tratada e não me arrependo nadica de ter optado por Brasília, onde tenho tido atendimento super personalizado.
Isso sem contar que pude continuar trabalhando (quem me conhece sabe que sou workaholic), o que me ajudou muito no sentido de não ficar matutando e sofrendo em casa, com a cabeça cheia de bobagem.
Quanto à família, o fato de estar em Brasília trouxe um pouco mais de apreensão pela distância, mas não deixei de viajar pra Sampa e estar um pouquinho com cada um. Mãe, irmã e sobrinhas também estiveram muitas vezes comigo em BSB.
Ligação com Brasília
Vejam só as raízes. Minha querida vovó Luizinha fez questão de conhecer a Capital Federal tão logo ela foi inaugurada. Ela, minha madrinha Tilete (Luizete) e meu padrinho Arnaldo viajaram (de ônibus) pra conhecer a nova Capital em setembro de 1960, cinco meses após JK inaugurá-la.
Luizinha e Arnaldo, com o Congresso Nacional (Senado) ao fundo
Tilete e Arnaldo, com o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados) ao fundo
Todo o grupo da viagem reunido, tendo ao fundo o Palácio da Alvorada
Este é o poema que minha avó fez pra Brasília, depois de conhecer a Capital. Ela ficou encantada...
Brasília
Avante, oh! povo brasileiro!
Que a estrada se abre neste instante.
Acrópole, escudo no futuro,
Serás tu, Brasília, triunfante!
Caminha, oh! gente brasileira!
Sempre confiante no porvir.
Ainda tens na têmpera, altaneiro,
O sangue de uma raça varonil.
Lá seguem caravanas ao sertão
Sentir e ver de perto a maravilha
E fruto de uma raça arrojada,
Que hoje se transforma em Brasília.
Luiza Lima Biasotto
Setembro de 1960
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