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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cabelo? Que cabelo? Ammm... é sobre ALOPÉCIA!

Foram exatos 15 dias após a primeira químio pro cabelo começar a cair. Bem, começar e terminar, porque não paguei pra ver. Paguei, sim, o cabeleireiro pra passar a máquina zero! Era primeiro de abril, mas os fatos relatados são absolutamente verdadeiros...
Todo mundo que tinha passado por isso ou que tinha acompanhado quem passou por isso dizia que era muito traumático ver o cabelo caindo ao longo de até cinco dias depois do começo da queda. Li e ouvi: “era cabelo espalhado por toda a casa, chão, travesseiro, box, mesa...”. Não queria e nem precisava passar por mais essa.
Quando completei 12 dias da sessão de QT, decidi cortar o cabelo bem curto, pra ir me preparando psicologicamente pra nova imagem. Aliás, adorei o corte! E avisei o cabeleireiro que voltaria em poucos dias pra “completar o serviço”.
Reloginho: na manhã do 15º dia, enquanto lavava o cabelo no banho, já percebi que seria “o dia D” (“Dia da Derrubada”). Estava bem preparada pra esse momento e ajudou o fato da minha amiga Beth Rodrigues estar hospedada em casa e dividir o fato comigo. Óbvio que ensaiei umas lágrimas, mas pensei: “É a minha cura e nada vai ficar no caminho; nem os cabelos”! Mas é impressionante como o cabelo sai aos montes! Cada vez que passava a mão, saia um “chumação”. Imediatamente, liguei pro Cabeleireiro e marquei hora pro final do dia. Só torcia pra que não caísse tudo à tarde, pois tinha uma reunião externa. Fiquei tentando nem balançar a cabeça, com medo dos cabelos caírem no meu caminho, na mesa de reunião, na mesa do coffee break – já pensou o mico?! Eu parecia um robô! Re re re...
Voltei da reunião - o cabelo resistiu - e quando cheguei à Mútua, os “filhotes” quiseram ver se estava mesmo caindo tanto assim ou se eu estava exagerando. Não. Não era exagero e eles viram que tinha chegado a hora de “carecar”.
Helena e Carol foram comigo e a Luciana (ex-estagiária de JO e ex-filhota) nos encontraria lá. Levei a “Dilma” (a peruca que tinha comprado) pra colocar tão logo acabasse a “eliminação capilar”. As meninas gravaram e fotografaram todas as etapas, a meu pedido. Já estava imaginando utilizar as imagens no clipe de abertura do blog (tá lá, do jeitinho que idealizei: começando com a música pra lá de baixo astral da novela “Laços de família”, quando a personagem Camila, com leucemia, raspa a cabeça, e passando pra imagens alto astral, com a música do Bob Marley).
 
Foi tudo bem, sem choradeira, sofrimento ou trauma. Na verdade, nos divertimos com os ensaios de cortes, como moicano (do Neymar ou do Fafá, que trabalha com a gente) e “cascão a la Ronaldo Copa 2002”. Até pedi, apontando um outro cliente que havia acabado de raspar a cabeça: "Quero um corte bacana, igual ao dele!"


    
     Com Denilton, o "hair designer"
  Com a "filhota" Luciana



"Quando Deus tira algo de você, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor."

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