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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

TV Record mostra o dia a dia do Hospital AC Camargo (SP)

Vale a pena conferir essa série de reportagens que a TV Record começou a exibir no dia 16 de janeiro.
A equipe do JR passou uma semana dentro do hospital AC Camargo em São Paulo.


Quem me alertou sobre os programas foi o meu amigo Piffer, que também localizou as reportagens no site. Confesso que, num primeiro momento, fiquei emocionada ao assistir. Afinal, muita coisa me fez rever um "filminho". Mas depois, fiquei feliz de saber que, como eu, tanta gente tem a chance de cura.




domingo, 1 de janeiro de 2012

Feliz por nada

Num dos meus posts - na verdade, num dos “pensamentos” abaixo de um dos posts -, coloquei uma frase da escritora Martha Medeiros: “Onde afinal é o melhor lugar do mundo? Meu palpite: dentro de um abraço.” Muita gente curtiu e comentou. Agora, posto uma crônica inteira da autora, que faz parte e dá nome ao livro “Feliz por nada”, que ganhei da minha amiga “Telmíssima”.

Feliz por nada
"Geralmente, quando uma pessoa declara 'Estou tão feliz!', é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhos é ser feliz por nada.
Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém lhe elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
Feliz por nada, nada mesmo?
Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. 'Faça isso, faça aquilo'. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o os outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando 'realizado',  também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
Ser feliz por nada talvez seja isso."

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Essa eu ouvi do meu mastologista, dr. Farid Buitrago, e “roubartilhei”:
“O ano de 2011 teve uma coisa muito boa: ACABOU!

Então... vaza, ano velho! Bem-vindo 2012!
E que a gente seja sempre feliz. Por nada ou por tudo!