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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Preparação pra radioterapia: marquinhas e adesivos pelo corpo

Após uma longa semana de muito trabalho em Floripa, com a 69ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (SOEAA) - sem contar a correria nas semanas que antecederam o evento -, I´m back again! Perguntem como anda a fadiga oncológica! Não, melhor não perguntarem que só de falar dela me dá uma canseeeeeeiraaaaa...
Mas, apenas pra registrar: o evento foi ótimo e deu tudo certo. Até consegui dar uma passeadinha por lá, depois de terminado o evento, graças à minha queridíssima amiga de tantos anos Telma Ishiy, que mora em Floripa há cinco anos. Qualquer hora eu posto fotos e conto mais detalhes. Só não quero atrasar ainda mais as histórias da radioterapia, que estão muitíssimo atrasadas.
Retornando do ponto em que parei...
Eu havia postado até o dia do exame pra definir a radioterapia, né? Relojinho do túnel do tempo pro dia  10/06/11, sexta-feira. Nossa! Já faz um tempão, heim?!
Então, fiz a tomografia e fui marcada com um sinalzão de “+”, com caneta azul (aquelas de escrever em CD), em três pontos do corpo, mais especificamente nas duas axilas e entre os seios.  Fiquei com o “+” e um adesivo transparente por cima pra proteger. Não, amigos, não se tratava de nota por bom comportamento (apesar de eu merecer), mas pra indicar onde, exatamente, eu estava posicionada no momento da tomografia e Raios X. A partir dos exames seriam feitos os estudos pelo médico e o físico, que definiriam o local preciso da radiação. Eu deveria estar na mesma posição quando começasse a rádio, quando seriam feitas outras marcas em outros pontos.
Mas o problema é que, no dia seguinte dessa marcação, eu viajaria pra S. Paulo: 10 dias de férias. Tava na cara que aquelas marquinhas e o próprio adesivo que as protegia não iam durar todo esse tempo. Ou seja, viajei já preocupada em como eu manteria os “+”.
No primeiro banho o adesivo entre os seios já estava todo engruvinhado e a marca da caneta começou a borrar. Ai, ai, ai... E agora? Isso era apenas o primeiro dia de férias... E o pessoal da “rádio” havia dito que se as marcas saíssem, eu teria que fazer a tomografia de novo.
Tive um insight, peguei o guia do convênio e procurei um local de radioterapia em Sampa que ficasse próximo de casa (casa paulistana). Encontrei o Instituto de Radioterapia de São Paulo, no Hospital Santa Rita, na Vila Mariana, bem pertinho. Liguei lá, expliquei a situação e fui super bem atendida. No ato consegui marcar um horário com a física, para o dia seguinte.
Cheguei e fui carinhosamente recebida e identificada como “a menina de Brasília”, termo adotado o tempo que frequentei o Instituto. Adivinha se não adorei o “menina”?! Fui atendida inicialmente pela enfermeira Irene e depois pela física Adriana, ambas, umas fofas! Resumo da ópera: elas refizeram as marquinhas cuidadosamente nos mesmos lugares e, pra evitar que as marcas fossem apagadas nos dias seguintes, pediram que eu fosse lá a cada dois dias ou caso os “+” estivessem sumindo.  Essa foi uma das rotinas dos meus dias em Sampa, nas curtas férias de junho. Mas mais do que garantir as marquinhas, ganhei novas amigas, com as quais, inclusive, tenho trocado e-mails até hoje.
Com Irene e Adriana, do Instituto de Radioterapia de São Paulo: ajudazinha básica


"Não existe situação negativa que não possamos transformá-la de forma completa em aspectos positivos pelo poder da nossa luminosidade." - Lama Padma Samten

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